terça-feira, 21 de setembro de 2010

21.03.05

Tomei o caminho mais longo só para me sentir um bocadinho de nada mais perto de ti.
E agora que tenho o que resta de ti à frente arrependo-me de não te ter trazido uma flor; pequena ou grande, vermelha ou amarela, sei que irias gostar.
Nunca fomos exactamente próximos mas sempre gostei de te ter por perto. Sempre gostei da tua simplicidade e das histórias que tiravas da cartola.
De certa forma ensinaste-me a crescer.
E é por isso que gosto de me sentar aos teus pés, tal como fazia quando era apenas uma criança. Gosto da tua calmaria e da tua serenidade.
Transmites-me paz de espírito e enquanto estou contigo não há mais nada.
É libertador estar, de certa forma, na tua presença.
Vejo-te como um igual e fazes, sem duvida, parte de mim.
Ainda trago na memória a última vez que te vi e ainda me sinto culpada por te ter abandonado quando mais precisavas de companhia.
Eu tinha obrigação de saber o sofrimento que estavas a presenciar.
Abandonei-te. E vou sempre arrepender-me disso.
Daria tudo para fazer as coisas de maneira diferente, mas infelizmente o tempo não volta atrás.
Sinto a tua falta.
Tenho saudades tuas, avô.
:x

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