segunda-feira, 20 de setembro de 2010

true colors

Sempre gostei do teu aconchego: os teus braços fortes a envolverem-me suavemente e a baloiçar-me como a um bebé; a tua pele macia a aquecer-me como um cobertor felpudo que se leva para a serra; a tua mão firme a apertar a minha como se estivesses a proteger-me de ladrões.
Sempre esperei ansiosa por te ver sorrir, esse teu sorriso tímido e provocador que me encanta e me enfeitiça.
Sempre aproveitei todos os segundos para te olhar no fundo dos olhos, como se tentasse penetrar a tua alma, apenas para ver o seu brilho intenso e o meu reflexo em ti.
Sempre gostei de fingir-me de vitima indefesa perante todo e qualquer acto teu, apenas porque sei que vais imitar as queixas que te faço enquanto me tomas nos braços e me dás um beijo como prémio de consolação.
Sempre apreciei o facto de seres assim.
Sempre que te tornavas numa doença eu tratava-te com o teu próprio mel, doce em mim.
Sempre te vi como o menino dos meus olhos, mesmo quando azedavas e pisavas a linha.
Sempre me aqueceste o espirito e derreteste a alma.
Sempre me deixaste a pedir por mais e eu não vejo isso a mudar.
(feliz ou infelizmente) Sei ver o melhor de ti. 

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